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OPINIÃO: O domínio pode ser A carta exercido tanto pelo medo quanto pela ignorância

Não raramente, recebo por mensagem privada no meu Facebook questionamentos a respeito de alguns temas. E hoje trago dois deles. O primeiro é se é correto pedir ajuda ao parente que morreu. E a resposta a essa dúvida que não pertence somente a essa pessoa que me escreveu, é que nada, absolutamente nada, é proibido, o que não significa dizer que tudo que é permitido seja adequado. Então vamos para uma rápida análise desta questão à luz da lógica espírita. Quem parte desta vida material para a vida espiritual necessita, conforme o seu estado evolutivo, de um tempo que varia de espírito para espírito, para entender a sua nova situação. Há espíritos que demoram mais, outros menos para se aperceberem da sua nova realidade, ao que Kardec chamou de "estado de perturbação". Os que demoram mais são aqueles espíritos mais materializados e que nesta vida tiveram um apego exacerbado às coisas materiais. Estes podem ficar por um tempo indeterminado, sem mesmo saber que já não pertencem mais ao mundo dos "vivos". Por isso, se pedirmos ajuda a um parente ou amigo que esteja nessa confusão "mental", e se ele captar nossas súplicas, pois continua vivo, com certeza vai querer ajudar, e aí o que já estava ruim poderá ficar pior. Tentando ajudar, vai dar palpite, se irritar e interferir diretamente nas vibrações entre os dois planos. E o que antes era apenas um pequeno problema, pode virar uma grande confusão. As soluções dos nossos problemas enquanto seres encarnados estão exatamente aqui neste plano e não no plano transcendental e metafísico. É aqui que encontraremos os que podem nos ajudar. É muito importante nos darmos conta de que o parente ou o amigo desencarnado não vira santo nem anjo e nem ganha superpoderes e, muito menos, como num passe de mágica, adquire a capacidade de resolver problemas e fazer milagres. Claro que não. Ele continua sendo ele mesmo, com as mesmas virtudes e os mesmos defeitos, com apenas uma diferença, qual seja, a de que não possui mais o corpo físico. Por tudo isso, o melhor que temos a fazer é deixá-lo em paz para seguir o seu caminho na nova etapa da vida do espírito imortal, o que não significa que devemos esquecê-lo, mas sim orar por ele para que se deixe ajudar pelos bons espíritos na sua nova realidade, pois que a vida, simplesmente, continua.

Outra questão que recebi é sobre acender velas para os santos e santas. Essa, aliás, é uma crença que atravessou os séculos e que permanece muito forte ainda hoje. Cabe aqui salientar que cada um tem o total direito de acreditar e proceder da forma que achar correta. Independente disso, fica a pergunta: será que faz sentido? Será que o santo ou a santa precisa da luz de uma ou mais velas para lhe iluminar? E a resposta lógica é um sonoro não, pois se a ele ou a ela, agora no mundo espiritual, foi dado pelo mundo material o status de santo ou santa, significa dizer e concluir que, por ser um espírito elevado e com luz própria, não possua necessidade de receber uma luz artificial extra proveniente de uma vela ou de um candelabro inteiro capaz de se apagar mediante uma leve brisa de primavera. Aliás, quem precisa, verdadeiramente, de iluminação, mas não da luminosidade de velas, somos nós, espíritos ainda muito atrasados na escala evolutiva. Tão atrasados que agimos, em pleno século 21, em alguns aspectos, principalmente religiosos, como se vivêssemos na Idade Média, tal é a quantidade de crenças e superstições que até hoje persistem no imaginário das pessoas, e o que é pior, ainda, sem o menor interesse por parte das autoridades religiosas em desmistificá-las. Isso solidifica cada vez mais a prática muito utilizada pelos diversos poderes dominantes de que o domínio pode ser exercido tanto pelo medo quanto pela ignorância.

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